Castelo de Alfaiates
O Castelo de Alfaiates, parece ter a sua origem em fins do século XII, depois da tomada desta região aos mouros, por Afonso X, de Leão e terá sido reedificado por D. Dinis, no século seguinte. Em Alfaiates terá decorrido em 1328, o casamento da princesa D. Maria de Portugal, filha de D. Afonso IV, com Afonso XI de Castela. No reinado de D. Manuel I, é iniciada a construção de novas defesas, já prevendo o uso de artilharia, que não chegou a ser concluída. Na época das invasões francesas, este castelo ainda serviu de aquartelamento às tropas portuguesas e inglesas. Com a perda do interesse militar, o interior do castelo chegou a funcionar, até meados do século XX, como cemitério, as muralhas da vila foram demolidas e a pedra aproveitada para a construção do hospital. Classificado como Imóvel de Interesse Público, conserva ruínas das muralhas e de duas torres.Ponte Romana da Aldeia da Ponte
A Ponte de Aldeia da Ponte, que não tem definida a época de origem, podendo ter sido construída no tempo dos romanos ou já na época medieval, é constituída por três arcos de volta inteira, o tabuleiro é inclinado, com pavimento de Lajes de granito. Esta ponte está Classificada como Imóvel de Interesse Público
Catedral da Guarda
A construção da actual Sé da Guarda remonta aos finais do século XIV, já no reinado de João I de Portugal — D. Fernando teria falhado na promessa de erguer novo templo —, por iniciativa do bispo Vasco de Lamego, partidário da casa de Avis durante a crise dinástica. As obras arrastaram-se lentamente e só no reinado de D. João III seriam concluídas, já em pleno século XVI, apresentando, por isso, elementos do estilo ogival, gótico e joanino, com pormenores de estilo manuelino.
A história da catedral teve um período importante na sua conservação, na viragem para o século XIX: em 1898 coube ao arquitecto Rosendo Carvalheira o restauro do edifício, executando aqui um dos mais importantes projectos de restauro revivalista, pelo que é notável o estado de conservação da catedral.
São vários os elementos de interesse e sem paralelo no nosso país que a Sé da Guarda possui. Na fachada principal, por exemplo, o portal manuelino encontra-se ladeado por duas torres octogonais maciças e em forma de quilha na parte inferior. No interior, de três naves, transepto saliente e cabeceira tripartida, existe um desnível de terreno do portal principal para a capela-mor, o que obrigou a que o espaço dos tramos das naves não seja idêntico e regular, facto que atesta a qualidade do projecto arquitectónico seguido. Na capela-mor conserva-se o imponente retábulo escultórico maneirista, da autoria de João de Ruão, e que corresponde a uma hierarquia do espaço celeste.
Durante as invasões francesas, a catedral da Guarda sofreu muitas danificações no seu recheio e na sua arte, especialmente nas talhas e ornamentações interiores, no coro e no órgão.
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